Rosa Clement, © 2009
Meu cachorro cava,
cava, cava, cava.
Quer enterrar um osso
que ganhou no almoço.
Ele cava fundo,
fundo, muito fundo.
Talvez queira sair
do outro lado do mundo.
Meu cachorro late,
late, late, late
sempre que passa alguém
ou não passa ninguém.
Ele late forte,
forte, muito forte.
Deixa de prontidão
gatos de sul a norte.
Meu cachorro come,
come, come, come,
mas se for ração
ele não come, não.
Ele come frango,
frango, muito frango.
Quando ganha costela
só falta dançar tango.
Meu cachorro dorme,
dorme, dorme, dorme
no tapete macio
ou no cimento frio.
Ele dorme, sonha,
dorme e de repente,
levanta, gira e deita
e dorme novamente.
A música é assim...
Atirei o pau no gato-to-to
Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu.
Dona Chica-ca-ca admirou-se-se
Do berrô, do berrô que o gato deu.
Miaaau!
Quando é noitinha
a chuva cai.
Se cai de cima,
ou cai de lado
faz muito estrondo
no meu telhado.
Onde ela vai?
Onde ela vai?
Vai lavar rua,
lavar calçada,
lavar quem passa
na madrugada,
tocar tambor
com um trovão,
tirar retrato
com um clarão,
brincar com vento
lá na mangueira
e eu que escute
a barulheira.
Lá vai a chuva.
Onde ela vai?
Onde ela vai?
Já vai embora,
não volta mais.
Quem desejar conhecer outras poesias é só clicar no link abaixo
Rosa Clement, © 2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vamos trocar idéias?